Olá amigos,
Hoje me peguei fazendo uma análise simples sobre uma letra de uma canção de 1980, mas que é tão atual e parece que sempre será. Uma música de fluxo variável, que balança entre a reflexão e a revolta, onde parte é dita e outra cantada, onde em cada palavra conseguimos encontrar o desejo de dar um freio no mundo, no comportamento humano. Essa música chama-se "Milho aos pombos" do grande, porém pouco conhecido, compositor brasileiro Zé Geraldo. Veja a letra abaixo.
"Enquanto esses comandantes loucos ficam por aí queimando pestanas organizando suas batalhas,
Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas mortalhas.
A cada conflito mais escombros.
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos.
Entra ano, sai ano, cada vez fica mais difícil o pão, o arroz, o feijão, o aluguel.
Uma nova corrida do ouro o homem comprando da sociedade o seu papel.
Quando mais alto o cargo maior o rombo.
Eu dando milho aos pombos no frio desse chão.
Eu sei tanto quanto eles se bater asas mais alto voam como gavião.
Tiro ao homem tiro ao pombo!
Quanto mais alto voam maior o tombo.
Eu já nem sei o que mata mais,
Se o trânsito, a fome ou a guerra.
Se chega alguém querendo consertar, vem logo a ordem de cima.
Pega esse idiota e enterra!
Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo."
Sem mais comentários.
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